Esse céu nublado,
Esse dia branco
O frio que invade a casa
E nos toca a pele sem pedir licença
Me sinto violentada,
Por lembranças que me invadem
Por lagrimas que não consigo controlar
Nós dois tomando sorvete,
Aquele filme com pipoca debaixo do edredom
Uma garrafa de vinho,
Uma dança,
Um abraço,
Uma vida...
Todas as músicas que não param de tocar
E intensifica todos os sentimentos
E essa vista da janela...
E o ar que eu respiro!
Não posso nem falar das fotografias...
Nem no telefone que não toca
Ou mesmo que toque não faz diferença
Porque não é você.
De repente, vejo que os anos se passaram
Não sei mais quem é esse “você”
Não sei mais diferenciar o que foi do que é
Não sei direito quem sou
Não quero ser só saudade
Não quero ser uma feriada aberta
Nem uma dor que não passa
Não quero ser o que sobrou depois que você se foi
Não quero ser!
Fecho as portas, janelas, e cortinas,
O dia não é mais branco, ele é negro...
Os cobertores me protegem do ar frio
E o álcool apaga os pensamentos
Aos poucos as lembranças se vão
E vem o sono que cura tudo
Tudo fica nos sonhos
E acordo mais uma vez, eu de novo,
Atrasada como sempre!
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