quinta-feira, 27 de outubro de 2011

E quando a dor coincide?

Nossa vida é tecida em redes, composta por nossa família, nossos amigos, colegas de trabalho, chefes, ex- um monte de coisa, o povo do ônibus, os funcionários da padaria, nossos professores, clientes/pacientes, e as pessoas que não conhecemos que são figuras fundo, mas que uma hora ou outra podem fazer algum sentindo nas nossas vidas... Há cada momento, essas pessoas se revezam na intensidade em que se fazem presentes e são elas que nos ajudam suportar a dor de existir, e as que nos causam dor também. Quando o mundo parece desabar e a gente acha que não vai suportar sempre aparece um ombro amigo, um apoio, ou ao menos um sorriso que seja... mas as vezes a dor coincide. Essas vezes não duram muito tempo, mas são quase insuportáveis. Elas ocorrem quando as pessoas que estão mais próximas e te sustentando começam a cair, de repete uma a uma começa a sofrer, e ai você não é capaz de apoiá-las e nem elas conseguem fazer muito por você. É uma dor multiplicada onde você sofre por você e pelos outros, e essa dor vai apertando, apertando até que surgem os que estavam mais afastados nessa rede e são eles que vêm pra sustentar, mas eles ainda não estão perto o suficiente pra que seja um socorro rápido. Aos poucos é que eles vão se achegando e soprando seus machucados, fazendo curativos nas feridas e colocando sua cabeça no colo... até uma musica de ninar você é capaz de ouvir. Mas ainda dói... dói ver quantas pessoas estão cuidando de você, e você ainda no chão. Os sentimentos começam a se conturbar. E essa dor também recebe o nome de vergonha, e de culpa por se sentir egoísta e todos ao seu redor estarem cuidado de você, mas esse é o processo até as coincidências passarem e a dor doer mais fraca... até finalmente acabar!

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