terça-feira, 11 de maio de 2010

A vida e tudo o que vem junto com ela!

Queremos ser felizes, queremos sorrir e viver intensamente. Queremos dinheiro, amor, beleza, e ganhar sempre não importa onde seja, esporte, loteria, brigas ou relacionamentos. Não suportamos a dor, fechamos os olhos aos nossos defeitos, não conseguimos aceitar a parte do pacote chamado “vida” que é feito de tristezas, perdas e dúvidas.Tentamos ignorar nossa condição de seres mortais, e fazemos questão de nunca nos lembrar de que iremos morrer... Fazemos coisas idiotas não por achar a vida insignificante, mas por acreditarmos que sempre haverá um amanha pra fazer diferente, pra sermos perdoados e consertarmos nossos estragos.E vivemos nessa fé cega, até que algo “provável” aconteça: alguém muito próximo de você morre, este alguém pode ter a sua idade, ou ser uma criança inocente, ou alguém que se parece com seus pais, ou alguém da família. Ou mesmo que seja um desconhecido, você pode vê-lo morrer de graça, de forma inesperada, como uma bala perdida, um atropelamento, ou uma gripe suína. Sem se falar dos desastres naturais, terremoto no Chile, ou a chuva no Rio de Janeiro...De repente você para e pensa, será que existe amanhã?Quantas pessoas morreram achando que viveriam pra sempre? Qual a probabilidade de o próximo ser eu? As chances que temos de viver, também temos de morrer... O fio que nos mantêm vivos, nossa respiração, um coração que bate, é tão sensível, tão frágil...Homens que se acham grandes, que gostam de ser considerados Deuses, pessoas que fizeram grandes descobertas, filósofos ou cientistas que empinam o nariz achando que algo sabem, milionários ou famosos que se consideram importantes... Mendigos, guerrilheiros, religiosos, políticos, universitários e bebês, homens e mulheres, todos nasceram do mesmo lugar, um dia foram um feto encolhido e indefeso originado de duas células que se juntaram. Quando crescem e são considerados seres humanos (ou não) se acham grandes ou pequenos, tudo ou nada... Mas não importa o que são, o que fazem, o que acham ou deixam de achar... Como diz o poeta, vem a “bendita morte, fim de todos os milagres” e dissolvemos no ar... Somos um corpo inerte! E seus pensamentos? Ficou nos lugares que andou, no nascer e pôr do sol que assistiu, nas pessoas que conheceu, nos livros que leu, nas gargalhadas que deu, e em infinitos lugares, mas o que adianta? Tudo isso faz parte de um passado... Você de repente foi e não é mais...Niselma.

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